domingo, 14 de dezembro de 2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008


È com muita alegria que convido para o lançamento do meu proximo livro “Encontro-me quando Te encontro”
Localização
Palácio Galveias
Campo Pequeno 53 - Lisboa
A data e local do lançamento do meu livro é:
No dia 9 de Dezembro pelas 19h.15m

terça-feira, 30 de setembro de 2008

TENTEI ESCRICER POESIA

Foto de Agneia de Sotti

Cresci ouvindo esta grosseira expressão
Cresci ouvindo esta grosseira expressão
“Vamos fazer amor”
Há quem diga
Sou fruto dela
Dela?
Sim, do acto de fazer amor
Como se faz amor?
Se o amor é algo que nos une!
Que nos constitui
Deus não nos ama?
Antes e depois
De nos ter criado
Então vivemos imbuído nesse amor
Que nem sempre me dou conta
Que vou respondendo
Na medida que me deixo
Invadir pelo outro
Até lhe dizer:
Vamo-nos deixar fazer pelo amor.
**-**
Qual será a meta?
A vida já mais pode ser
Um desenfiar alucinante dum percurso,
De alcance
Á que parar,
Á que saborear,
Que esse sabor não morra
Antes da própria morte
Onde todos chegam
Mas nem todos com vida
Antes da grande vida
Os que chegam á morte
Com vida vivida
Essa morte não passa da morrida
**-**
Ergueram-se edifícios
Uniram-se gente
Pessoas de todos os cantos
Dos recantos do país encantado
Deixei o cheiro da terra
Húmida do orvalho
Nesta multidão
Onde mal me lembro de Deus
Sem estar só
A solidão me penetra
Deixo de ser eu para ser mais um
Meu lar naquela encosta
Que tocava nas nuvens
Passou a ser
a quinta gaiola
a contar do chão
Esse chão que deixo de sentir
Naqueles passeios pelo bosque
Que era impossível não me encontrar
Porque sentia Deus entranhado no bosque
E na buzina do carro que passa
No sinal amarelo
Na assafa das cinco e meia
No terminar dum dia
Olho para o por do sol
E não vejo
Vejo alguns raios
Que preenchem as brechas
Dos prédios de betão
E num chilrear
De um pardal
Na única arvore
Do bairro
Volto me a encontrar
Tornando consciente
Que vou-me sentido adormecido
Embalado pela assafa
Que o pardal com chilrar
Desperta-me na realidade
É mais difícil ser ateu na simplicidade
No meio da natureza
Que ser crente no meio do materialismo da cidade.
**-**
Se escuridão não existisse
Tudo era belo
Na fraternidade
Cada homem
Visse no outro
Um semelhante
Desse modo, como falava o profeta
Iavé já dizia:
“lobo e o cordeiro pastarão juntos,
e o leão comerá palha como o boi;
pó será a comida da serpente”
Redescobria
A terra mãe
Este mundo jamais tem escuridão
Onde abunda a ausência de luz
**-**
Sinto me triste
Não pela tristeza que me provoca
O mundo onde cada um não sai de si
No desmoronar lentamente
Da corrente
Que deixamos de ser
Passamos a ser elos isolados
Cada vez deixo de pensar no outro
E sofro
O verdadeiro sofrimento
Incapacidade de viver o que é eterno.
Que me sara
Me deixo de suportar o outro
Para amar
E em cada nascer do sol
Que me seca as lágrimas
E me retoma á alegria
Porque ainda vivo
**-**
A força do vento acalma a tempestade
À dias que apetece não sair de mim
Como o vento antes de chegar
E deixa para amanhã
As sementes na seara
Deixando de fecundar a terra
Assim me sinto
Como esperará pelo amanhã
Que tudo passe
Mas ao som do murmurar do vento
Me torna a sentir vivo
E antecipa o acordar
Do amanhã
**-**
Neste passar do tempo
Que só a rapidez da luz pode contar
Depois dos milhares antes dos séculos
Nos dias que correm em busca da “luz”
Não me lembro quando nasci
Tudo é imenso…
E na imensidão me encontro
O vazio é loucura
Como o pico do alfinete que sou
Como o único filho amado que me sinto
Entre a utopia da vida
Que só é concreta
Nas mãos do Criador
**-**
Em criança Tu já me fascinavas
Gostava quando o meu pai me falava de Ti
Eu era pequeno
Fui crescendo e te aprofundando
Na minha vida e na vida dos outros
Fui alicerçando o meu viver
Pela busca de ti
Sentindo a tua busca em mim
E vou te conhecendo meu Deus
na medida que me faço criança
**-**
Grande amizade te tenho
Desde o dia que nos cruzamos
Por acaso nos encontramos
Jamais nos perdemos um do outro
Esse sentimento foi tão sublime
Que tentamos ser amantes
E juntos olhamos para o nascer do dia
Com o mesmo olhar
Mesmo antes de cruzamos o olhar
E num abraço redescobrimos
Que intensidade da vida
Se descobre nas varias intensidades
Onde a nossa é amizade
Onde a intensidade nos torna
Tão intensos que vai para lá da intensidade
De não quer o outro
Mas me quero para outro
**-**
A noite cai
No erguer do dia
Na manhã
Onde tudo recomeça
No desabrochar de mim
Á plenitude de Deus
Que vai ficando no tempo
Onde nem o tempo esgota
No caminho onde
A aurora abraça o entardecer
Para o tempo deixar de correr
E deixar de ser tempo
Para penetrar no que me sustem
**-**
A morte é o mais longe…
O mais distante de mim
Porque eu sou vida
Que a morte não só me adormece
No desgaste onde o amor ainda não suporta
Mas, relança na vida onde
Acaba a sede do eterno
E se inicia uma foz permanente.
**-**
Não sou aquilo que sou
Porque também sou o que serei
Mas aquilo que fui
Foi passado a ser aquilo que sou
Já mais posso ser fragmentos de tempo
Onde Deus não se fragmenta
E me unifica na eternidade
Onde o que não sou faz parte do caminho
Do que sou
**-**
Já ouvi falar de ti
Mas não sei quem és ó Deus!
Mas sei que tenho sede de vida
E só tu me sacias
Como a criança sem saber
Procura o seio da sua mãe
E alimenta sua vida
Pois bem tu me sacias
Tu me envolves
E o conhecimento que tenho de ti
É como a lembrança do colo de minha mãe!
**-**
Se meu peito
Fosse um leito dum rio
Onde a vida não só corre, pelo tempo
Mas no tempo faz correr o que se vive
Em meu leito não corre a força da agua
Que contra o vento se levanta
No rebolar da onda
Corre o desejo de Deus
Que rebola e se entrelaça na mediocridade do meu ser
E se levanta
*-//-*
Contigo sou feliz
Porque deixo de amar para me encontrar
Mas encontro me por amor
Deixei de procurar anciosamente a felicidade
Mas ela corre em mim como o vento beija o horizonte
Meu horizonte vai para alem ti
Mas em ti que me focalizo
Não só por seres mulher
Mas és o mais próximo
Quando o grito, o exalto, a palavra, a dor e alegria
Começa a transbordar de mim
E ser cada vez mais pessoa ou apenas pessoa
**-**
Depois do beijo
Da manhã
E ao entardecer
Naquela tarde que a esperava
Era Setembro o aniversario da nossa união
Sentado num banco de jardim
Pensava a importância de um beijo
E indiferença onde todo meu ser o sente
Depois de erguer os olhos e fixa-os
Num ninho de andorinhas
Ao pensar no nascer do dia
Interroguei o que era beijar
E na brisa da tarde que me envolvia
Sentir que era
sentir na pele o coração do outro
**-**
Sinto encolhido
Uma sensação que tudo não se pode fechar em mim
E na melancolia da inércia que possuía
No meu eu que se vazia
Á medida que o ter engorda
No conforto de meu lar
Era Janeiro
Ao abrir um pouco da vidraça
Par sair o fumo da lareira onde o pinho se consumia
Voltei a ver aquele mendigo
Que passava por mim há meses
Mas ontem soube o seu nome
João, deu-me a conhecer o seu viver
E eu encolhido descubro
Que ser solidário
É esticar o nosso ser

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Um ano de vida



FAZ UM ANO QUE ESTE ANDANTE AZUL INICIOU, E TODOS QUE PARTICIPARAM COM SEU COMENTÁRIOS QUE ENRIQUECERAM BASTANTE E CONTRIBUÍRAM PARA OBJECTIVO QUE TINHA, OS MEU TEXTOS SEREM O MOTE PARA A PARTILHA. E EM FESTA CONVIDO TODOS A PARTILHAR O QUE FOI E É PARA VÓS ESTE ESPAÇO E O PAINEL DESTA VEZ É VOSSO.
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DANICO!!!
PARABÉNS PELO BLOG!!!
Caminhar com o Andante Azul é um privilégio. Não só neste espaço mais em todos os caminhos que pude partilhar contigo.
Você sempre faz algo fora do comum e procura sempre dar o melhor de si.
Durante esse tempo de caminhada tivemos momentos especiais e a cada dia pude admirá-lo cada dia mais. Até mesmo quando nos meus momentos de preocupação “dançavas” na rua para me fazer feliz. A sua coragem e persistência me surpreendem. Não tens medo de olhar nos olhos de um desconhecido e falar de amor à primeira vista, de chorar mágoas antigas, ou alegrar-se com novas descobertas. Isso faz de ti um guerreiro.
Por mais difícil que seja um objectivo você sempre encontra uma maneira de superar os obstáculos e realizar seus sonhos.
E tu foste longe Andante Azul!!!
Atravessaste o oceano!!!
Continue a presentear-nos com mensagens especiais e que tocam fundo no nosso coração.
Um Beijo grande!!!
C. Andante ou Dama do Lago do Perdão (como disse o PC em um dos seus comentários.
Néia
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Sempre te admirei como pessoa apesar das limitações nunca deixaste de ir a luta pelos teus sonhos ……. O teu livro "Presente de luz “é um exemplo como tu próprio escreves "A felicidade não está nos momentos mas no elo que os une" para nós a felicidade passa por ser uma conquista de todos os dias perante a sociedade apesar de algumas “ limitações” conseguimos concretizar os nossos sonhos quer a nível pessoal quer a nível profissional ou seja "O verdadeiro guerreiro é aquele que consegue vencer-se a si próprio."
Espero que continues a partilhar a tua história de vida com todos os que te rodeiam
Beijocas
Matilde
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Apenas posso dizer que ontem fui ver o blog uma vez mais e senti que é mais uma forma de nos aproximarmos uns dos outros e de crescermos na Fé, de estarmos despertos para os outros, para aqueles que, na rotina dos nossos dias, passam por nós e, como no livro do principezinho, pelos quais somos responsáveis e cuidamos. É mais uma maneira de cuidarmos daqueles que caminham ao nosso lado ou apenas se
Cruzam no nosso caminho mas para quem um simples sorriso, a simples presença, o nosso olhar e às vezes o nosso silêncio são tudo o que mais precisam
Silvia
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Parabéns Daniel por te lembrares (há já 1 ano!) de que faz todo o sentido falar de coisas simples. Blogs há muitos e a tendência é sempre de inovar, complicar, estar na moda... Obrigado por este espaço de partilha e de reflexão, uma lufada de ar fresco!
Paulo
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Amigo Daniel
Custa a acreditar que ja passou um ano, desde que te sentiste inspirado para iniciar este espaco de partilha e reflexao. Tem sido um percurso, aonde aquela figura da face de Cristo onde tudo comecou, se tem revelado cada vez mais para ti e para todos nos, nesta caminhada de descoberta. Bem hajas!
Jose Augusto
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Elisa de Castro Carvalho disse...
Olá Daniel,Parabéns por este ano de vida do Blogue! Continua a tua caminhada de "luz"!

quinta-feira, 17 de julho de 2008


Uma noite destas com grupo de amigos fomos ver o Jesus Super Star um produção do Felipe La Féria. A peça na primeira parte quando tudo estava a gostar bastante não me tocou, mas a segunda parte me tocou logo de início com a última ceia e um azul lindíssimo por traz, e gostei da paixão. Á medida que ia desenrolando, comecei e perspectivar, como seria a ressurreição, encenada, só me vinha á mente uma maneira, como o episodio do baptismo de Jesus que o texto relata que se rasgaram os céus, e eu imaginava com a linha que o guião levava fosse por ai fazendo um efeito especial a nível de som e imagem. Mas fui surpreendido não só na hora do espectáculo mas faz sentido para vida da maneira como acabou. Após a retirada do corpo morto o palco ficou vazio, e logo começou a entrar o elenco aos poucos, todos vestidos de branco. É uma imagem que a meu ver boa de reter. Cristo ressuscitado, unifica e purifica todo o homem, transmitida naquela seriedade do branco, naquela alegria dos actores em terminarem o espectáculo e toda aquela acção de graças da plateia.

terça-feira, 29 de abril de 2008

domingo, 13 de abril de 2008

NOTICIA

Amigo dizem que “o segredo é alma do negocio” Antão não digam nada a ninguém, mas tou escriver sobre este lindo poema

Uma noite eu tive um sonho....
Sonhei que estava andando na praia com o Senhor,
e, no firmamento passavam cenas da minha vida.
após cada cena que passava, percebi que ficavam
dois pares de pegadas na areia: um era meu e o
outro era do Senhor.
Quando a última cena da minha vida passou diante
de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia,
e notei também que muitas vezes ,no caminho da minha
vida, havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos
mais difíceis e angustiantes do meu viver.
Isso me aborreceu deveras e perguntei então ao Senhor:
Senhor, Tu me disseste que, uma vez que resolvi seguirte,
Tu andarias sempre comigo,
em todos o caminhos
contudo, notei que durante as maiores atribulações do meu viver
havia apenas um par de pegadas na areia
não compreendo porque é que, nas horas em que eu mais necessitava de Ti,
Tu me deixaste sozinho.
O Senhor respondeume:
Meu querido filho
Jamais eu te deixaria nas horas de prova e de sofrimento
quando viste, na areia, apenas um par de pegadas
eram as minhas
foi exactamente aí que te peguei ao colo.

quinta-feira, 27 de março de 2008

SE ELE VIVE, NÓS VIVEMOS COM ELE



Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém; e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer. Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos. E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!» Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia. Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.» Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?» E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles. E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros, que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!» E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.

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Vivemos a quaresma numa associação a toda da dor de Cristo mas Ele venceu a cruz e ressuscitou, este fenómeno tem de mudar a vida de todo o Homem a morte não existe e tudo que Ele viveu tem sentido, o centro da minha vida é viver cada dia com a certeza que não morte, e matar as minhas pequenas “mortes” na medida que experimento e vida que já mais terá fim, por escolhe este evangelho com a grande primeira experiência que Ele vive e como Ele vive todos vem com Ele. E quando procura um imagem no google que nos dizer-se alguma coisa de profundo, dei-me parente esta cruz, não para ficar agarrado á morte mas porque nesta cruz e porque alguém passou por lá também passa a vida toda

domingo, 2 de março de 2008

Porquê Natal e porquê Pascoa?



O tempo não parece que há pouco saímos do natal, já estamos a caminho da Páscoa. Tanto o Natal como Páscoa são dois mistérios que a fábula que proponho que nos ajuda a desmistifica-los, primeiro porque Deus encarna na nossa condição, faz caminho connosco e depois morre numa cruz como um criminoso, e o segundo é mesmo este o sentido desta morte.
Havia um principezinho além de ter tudo tinha uma fada que lhe concedia um desejo. Esse principizinho vinha para o jardim brincar e começou a reparar num carreiro de formiguinhas e mais tarde viu que aquele era o caminho que fazia o jardineiro e sempre que passava pisava as formiguinhas e matava algumas. E ficou muito incomodado porque sempre que o jardineiro passava matava várias formigas e começou a tentar falar com elas no sentido de elas se aperceberem e mudar o rumo, assim o menino já deixava de brincar para passar o tempo a dizer as formigas para se desviassem do caminho, mas quando mais o menino falava tudo não mudava porque as formigas não percebiam a linguagem como é obvio.
Chegou o dia em que a fada apareceu e lhe concedeu o desejo e o menino tinha direito.
Mal chegou a fada o menino aflito pediu à fada que o transforma-se em formiga, a fada ficou subfacta com aquele pedido. Pois um menino que tinha tudo e renunciava para ficar uma formiga, claro que fada lhe fez resistência, pois não entendia como um menino que deixava tudo para descer á condição de formiga, mas o menino muito convicto explicou o que se estava a passar, que elas tinham de mudar o rumo da sua vida porque o jardineiro todos dias matava algumas formigas e claro que elas não percebiam a sua linguagem e para tal ele tinha de ser uma formiga para comunicar com elas, e perante este pedido a fada teve de conceder e fez de um menino muito rico uma simples formiga.
O menino já como formiga foi para o meio das outras formigas e começou e falar, amigas não vão por ai porque vem um homem e pisa e morrem, e nenhuma lhe ligava e ela cada vez mais empenhada gritava: amiguinhas não vão por ai porque morrem, ninguém ligava. Ate que uma se interrogou, quem é aquela sirigaita que agora chegou já quer ser chefe, puxou de uma arma e matou-a.
Porque me toca esta fábula?
Porque tal como Jesus, o menino desce da sua gloriosa condição, para entrar no quotidiano de um “povo” de uma dimensão completamente redutora da sua, mas ver neste processo doloroso o único caminho para o salvar, mas o povo primeiro ignorou e depois senti que o seu próprio poder se põe em causa e como ele é determinado para sua missão é aniquilada.
E o Senhor que responde é um povo em crise que esperava um rei politico, e Ele tinha e tem a consciência que a resposta para o mundo contemporâneo de todos o século é um rei ao serviço do amor, mas para isso é preciso deixar tudo que nos instala.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

PECADO?


Judaísmo considera a violação de um mandamento divino como um pecado. O judaísmo ensina que o pecado é um ato e não um estado do ser. A Humanidade encontra-se num estado de inclinação para fazer o mal (Gen 8:21) e de escolher o Bem em vez do Mal (Salmo 37:27). O Judaísmo usa o termo"pecado" para incluir violações da Lei Judaica que não são necessariamente uma falta moral. De acordo com a Enciclopédia Judaica, "O Homem é responsável pelo pecado porque é dotado de uma vontade livre ("behirah"); contudo, Ele tem uma natureza fraca e uma tendência para o Mal: "Pois o coração do Homem é mau desde a sua juventude" (Gen,8,21; Yoma,20a; Sanh105a). Por isso, Deus na sua misericórdia permitiu ao Homem arrepender-se e ser perdoado. O Judaismo defende que todo o Homem nasce sem pecado, pois a culpa de Adão não recai sobre os outros homens. Pecado designa todas as transgressões de uma Lei ou de princípios religiosos, éticos ou normas morais. Podem ser em palavras, ações (por dolo) ou por deixar de fazer o que é certo (por negligência ou omissão). Ou seja, onde há Lei, se manifesta o Pecado. Pode ser tão somente uma motivação ou atitude errada de uma pessoa, e isso, é chamado de pecado "no coração". No íntimo dos humanos e independente da Culura a que pertença, existe necessidade de estabelecer princípios de ética e normas de moral. Quando se viola a consciência moral pessoal, surge o sentimento de culpa.
E nesta cultura Judaica é onde nasce e cresce Jesus Cristo que perante esta consciência de pecado Ele perdoa.
Podemos ver esta questão do pecado por três visões.
O espiritual, o religioso e o da parte de Deus.
O espiritual (cristão) é quando se da conta que algo não só o transcende mas um Deus que vem sempre ao nosso encontro onde a iniciativa é sempre Dele, e onde somos chamados a dar reposta e sempre que me fecho a esse amor normalmente por arrasto me fecho ao amor ao outro, e posso chamar isso de pecado que me escraviza porque me impede de me sentir livre porque me fecho em mim mesmo.
O religioso é depois de uma experiência espiritual, para se tentar manter essa experiência, cria-se regras e ritos que passado tempo se pode se perder do espiritual e pode correr o risco de ficar só uma conduta moral de regras que vão perdendo o sentido.
Parte de Deus claro que não sei, mas apercebo-me que deve ser como o pai dum toxicodependente, tem uma atitude de o castigar o ajuda a sair da escravidão e quando ele sai faz a festa como a parábola do filho pródigo Lc 15, 11-32.
A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas protestantes marcam para preparar os crentes para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Onde somos convidados a conversão não porque há pecado em si mesmo, mas para grande festa que é o centro da religião cristã, a ressurreição de Jesus Cristo, que morreu ressuscitou e es ta vivo entre nós e como nem sempre estamos ciente desta realidade a igreja nos propõe este tempo litúrgico para redescobrir e aprofundar essa maravilha de um Deus que nos criou e vem ao nosso encontro e permanece para sempre.