quinta-feira, 27 de março de 2008

SE ELE VIVE, NÓS VIVEMOS COM ELE



Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém; e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer. Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos. E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!» Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia. Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.» Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?» E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles. E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros, que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!» E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.

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Vivemos a quaresma numa associação a toda da dor de Cristo mas Ele venceu a cruz e ressuscitou, este fenómeno tem de mudar a vida de todo o Homem a morte não existe e tudo que Ele viveu tem sentido, o centro da minha vida é viver cada dia com a certeza que não morte, e matar as minhas pequenas “mortes” na medida que experimento e vida que já mais terá fim, por escolhe este evangelho com a grande primeira experiência que Ele vive e como Ele vive todos vem com Ele. E quando procura um imagem no google que nos dizer-se alguma coisa de profundo, dei-me parente esta cruz, não para ficar agarrado á morte mas porque nesta cruz e porque alguém passou por lá também passa a vida toda

domingo, 2 de março de 2008

Porquê Natal e porquê Pascoa?



O tempo não parece que há pouco saímos do natal, já estamos a caminho da Páscoa. Tanto o Natal como Páscoa são dois mistérios que a fábula que proponho que nos ajuda a desmistifica-los, primeiro porque Deus encarna na nossa condição, faz caminho connosco e depois morre numa cruz como um criminoso, e o segundo é mesmo este o sentido desta morte.
Havia um principezinho além de ter tudo tinha uma fada que lhe concedia um desejo. Esse principizinho vinha para o jardim brincar e começou a reparar num carreiro de formiguinhas e mais tarde viu que aquele era o caminho que fazia o jardineiro e sempre que passava pisava as formiguinhas e matava algumas. E ficou muito incomodado porque sempre que o jardineiro passava matava várias formigas e começou a tentar falar com elas no sentido de elas se aperceberem e mudar o rumo, assim o menino já deixava de brincar para passar o tempo a dizer as formigas para se desviassem do caminho, mas quando mais o menino falava tudo não mudava porque as formigas não percebiam a linguagem como é obvio.
Chegou o dia em que a fada apareceu e lhe concedeu o desejo e o menino tinha direito.
Mal chegou a fada o menino aflito pediu à fada que o transforma-se em formiga, a fada ficou subfacta com aquele pedido. Pois um menino que tinha tudo e renunciava para ficar uma formiga, claro que fada lhe fez resistência, pois não entendia como um menino que deixava tudo para descer á condição de formiga, mas o menino muito convicto explicou o que se estava a passar, que elas tinham de mudar o rumo da sua vida porque o jardineiro todos dias matava algumas formigas e claro que elas não percebiam a sua linguagem e para tal ele tinha de ser uma formiga para comunicar com elas, e perante este pedido a fada teve de conceder e fez de um menino muito rico uma simples formiga.
O menino já como formiga foi para o meio das outras formigas e começou e falar, amigas não vão por ai porque vem um homem e pisa e morrem, e nenhuma lhe ligava e ela cada vez mais empenhada gritava: amiguinhas não vão por ai porque morrem, ninguém ligava. Ate que uma se interrogou, quem é aquela sirigaita que agora chegou já quer ser chefe, puxou de uma arma e matou-a.
Porque me toca esta fábula?
Porque tal como Jesus, o menino desce da sua gloriosa condição, para entrar no quotidiano de um “povo” de uma dimensão completamente redutora da sua, mas ver neste processo doloroso o único caminho para o salvar, mas o povo primeiro ignorou e depois senti que o seu próprio poder se põe em causa e como ele é determinado para sua missão é aniquilada.
E o Senhor que responde é um povo em crise que esperava um rei politico, e Ele tinha e tem a consciência que a resposta para o mundo contemporâneo de todos o século é um rei ao serviço do amor, mas para isso é preciso deixar tudo que nos instala.