terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

PECADO?


Judaísmo considera a violação de um mandamento divino como um pecado. O judaísmo ensina que o pecado é um ato e não um estado do ser. A Humanidade encontra-se num estado de inclinação para fazer o mal (Gen 8:21) e de escolher o Bem em vez do Mal (Salmo 37:27). O Judaísmo usa o termo"pecado" para incluir violações da Lei Judaica que não são necessariamente uma falta moral. De acordo com a Enciclopédia Judaica, "O Homem é responsável pelo pecado porque é dotado de uma vontade livre ("behirah"); contudo, Ele tem uma natureza fraca e uma tendência para o Mal: "Pois o coração do Homem é mau desde a sua juventude" (Gen,8,21; Yoma,20a; Sanh105a). Por isso, Deus na sua misericórdia permitiu ao Homem arrepender-se e ser perdoado. O Judaismo defende que todo o Homem nasce sem pecado, pois a culpa de Adão não recai sobre os outros homens. Pecado designa todas as transgressões de uma Lei ou de princípios religiosos, éticos ou normas morais. Podem ser em palavras, ações (por dolo) ou por deixar de fazer o que é certo (por negligência ou omissão). Ou seja, onde há Lei, se manifesta o Pecado. Pode ser tão somente uma motivação ou atitude errada de uma pessoa, e isso, é chamado de pecado "no coração". No íntimo dos humanos e independente da Culura a que pertença, existe necessidade de estabelecer princípios de ética e normas de moral. Quando se viola a consciência moral pessoal, surge o sentimento de culpa.
E nesta cultura Judaica é onde nasce e cresce Jesus Cristo que perante esta consciência de pecado Ele perdoa.
Podemos ver esta questão do pecado por três visões.
O espiritual, o religioso e o da parte de Deus.
O espiritual (cristão) é quando se da conta que algo não só o transcende mas um Deus que vem sempre ao nosso encontro onde a iniciativa é sempre Dele, e onde somos chamados a dar reposta e sempre que me fecho a esse amor normalmente por arrasto me fecho ao amor ao outro, e posso chamar isso de pecado que me escraviza porque me impede de me sentir livre porque me fecho em mim mesmo.
O religioso é depois de uma experiência espiritual, para se tentar manter essa experiência, cria-se regras e ritos que passado tempo se pode se perder do espiritual e pode correr o risco de ficar só uma conduta moral de regras que vão perdendo o sentido.
Parte de Deus claro que não sei, mas apercebo-me que deve ser como o pai dum toxicodependente, tem uma atitude de o castigar o ajuda a sair da escravidão e quando ele sai faz a festa como a parábola do filho pródigo Lc 15, 11-32.
A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas protestantes marcam para preparar os crentes para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Onde somos convidados a conversão não porque há pecado em si mesmo, mas para grande festa que é o centro da religião cristã, a ressurreição de Jesus Cristo, que morreu ressuscitou e es ta vivo entre nós e como nem sempre estamos ciente desta realidade a igreja nos propõe este tempo litúrgico para redescobrir e aprofundar essa maravilha de um Deus que nos criou e vem ao nosso encontro e permanece para sempre.